terça-feira, 16 de setembro de 2014

Iniciam-se os processos de cercamento dos sítios Morro do Formigão e Cabeçuda 01

   
    Visando manter a integridade de um sítio arqueológico, várias ações podem ser tomadas, dentre estas: Sinalização, atividades educativas, cercamento, entre outros. Estas ações são aplicadas de acordo com cada situação.


     Dentro da pesquisa arqueológica, desenvolvida no âmbito do licenciamento ambiental, das obras de infraestrutura de duplicação da BR-101 (Túnel Morro do formigão – Tubarão/SC e Ponte Anita Garibaldi – Laguna/SC), ações preservacionistas foram pensadas objetivando a proteção de dois sítios arqueológicos do tipo Sambaqui. Como proposta, seguindo o parecer técnico do IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) definiu-se o cercamento de ambos os sítios arqueológicos. O cercamento visa delimitar e sinalizar a área do sítio, assim como, inibir atos de depredação ao patrimônio.
    
  No decorrer das pesquisas arqueológicas, desenvolvidas no âmbito do projeto de licenciamento das obras do Túnel do Morro do Formigão, foi encontrado um Sambaqui. O Sambaqui do Morro do Formigão com data de 3.800 AP, localizado no bairro Cruzeiro, dentro de uma área privada utilizada como campo de pastagem. Para este sítio arqueológico foi projetado um cercamento somente com mourões, com objetivo de sinalizar sem restringir o acesso ao local.


                Exemplo de cercamento com alambrado


                 Exemplo de cercamento sem alambrado



    



   
       Nas obras de construção da Ponte Anita Garibaldi, um dos pilares impactou diretamente a área do Sambaqui Cabeçuda 01. Datado com mais de 4 mil anos, este Sambaqui vem sendo pesquisado desde a década de 1950. O salvamento arqueológico decorrente das obras da ponte, foi proposto pela equipe do GRUPEP-Arqueologia/UNISUL no ano de 2010 e executado no ano de 2012, inserido neste projeto, estava o cercamento do Sambaqui. Esta medida foi tomada principalmente, para inibir o avanço urbano sobre o sítio arqueológico. Optou-se por utilizar mourões com alambrados, restringindo a circulação no local.
      

   Ambos os cercamentos foram solicitados pelo IPHAN, realizados pelo DNIT, com envolvimento dos consórcios dos respectivos empreendimentos e duas Universidades, UFF e UNISUL, as pesquisas arqueológicas estão sendo coordenadas pelo GRUPEP – Arqueologia e a execução das cercas por empresas terceirizadas. A previsão de término dos cercamentos é de 60 dias. 


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